O livro “Diluir fronteiras: interfaces entre história e imprensa”, coletânea de artigos de estudantes e professores da Universidade Federal do Piauí – UFPI, será lançado nesta terça-feira (20), às 18h, no Auditório Noé Mendes, no Centro de Ciências Humanas e Letras – CCHL. Na ocasião, o Professor Dr. Francisco Alcides do Nascimento realizará uma breve exposição sobre o livro, seguida por autógrafos dos autores.

A obra reúne reflexões de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil sobre as relações entre História e Imprensa.  Organizada pelo Professor Francisco Alcides e por duas ex.-orientadas, Maria L. Santos e Regianny L. Monte, a publicação contém 11 artigos de professores, alunos  e ex-alunos da UFPI, mas também tem autores vinculados a outras universidades. Segundo Francisco Alcides, a ideia de fazer o livro surgiu durante as atividades do programa de pós-graduação. “O projeto surgiu de conversas com ex-orientandas, em virtude da escrita de textos e dissertações que tratavam da relação imprensa e história”, diz.

A EDUFPI, a editora da UFPI, viabilizou a publicação do projeto. Além desse apoio, o Professor Dr. Denilson Botelho, um dos atores do livro, destaca o papel da universidade como fomentadora de ensino e pesquisa, principalmente, sobre um tema, tão relevante atualmente, como a Imprensa. “Só numa universidade pública, como a UFPI, podemos usufruir da liberdade necessária para investigar o que quer que seja, tornando públicas as nossas conclusões e o produto do nosso trabalho. Através desse livro, a UFPI instiga e enriquece o debate mais do que necessário sobre a função social da imprensa, da mídia e do jornalismo de ontem e hoje”, disse.

Os artigos publicados seguem tratam a imprensa com uma perspectiva analítica, inserindo-a no movimento da sociedade, investigando as suas redes de interlocução social, destrinchando não a sua suposta imparcialidade, mas sim a forma como constrói ou representa a sua relação com a realidade social. Em “Diluir fronteiras: interfaces entre história e imprensa”, a imprensa é tratada como um objeto de pesquisa, não apenas fonte.

Assim, os artigos relacionam, complementando-se teoricamente, reforçando a ideia de que a imprensa representa um importante objeto de investigação para os historiadores. Professor Francisco Alcides analisa as representações do Piauí e de Teresina nos jornais diários entre 1950 e 1970. Professora Ma. Marylu Alves de Oliveira analisa o anticomunismo nos jornais do Piauí da década de 1960.

Professor Denilson Botelho, participa com o artigo, “Por uma história social da imprensa”, que apresenta um esboço teórico-metodológico para se pesquisar a história da imprensa. “Neste texto proponho que a imprensa seja algo mais do que fonte de pesquisa para os historiadores, visto que este já é um procedimento habitual entre nós. Desta forma, proponho que apliquemos os princípios básicos da história social a fim de desvelar as escolhas que são feitas no âmbito das redações e das empresas jornalísticas”, explicou Denilson. 

Por: Isadora Gomes, Tacio Batista e Teresa Albuquerque