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Tela Sociológica: exibição do filme "Natal Branco"

15/12/2017 15:30

O Projeto Tela Sociológica da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizará na próxima terça-feira (19) a exibição do filme “Natal Branco”, às 16 horas, na sala de vídeo II do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL). 

Finalizando o seu décimo sétimo ano de existência, a Tela Sociológica presenteia o seu público com a exibição do musical Natal Branco, dirigido por Michael Curtiz. Belos números de dança são embalados por uma elegante trilha sonora. Músicas e coreografias seguidas por românticas narrativas amorosas. “O que é o Natal sem neve?” ao som de dançantes canções, você poderá encontrar a saída descoberta, por um quarteto de artistas, para solucionar a crítica situação gerada pela falta da paisagem nevada. Investimentos artísticos são apresentados como resposta para o equacionamento de graves problemas humanos. Os musicais mostram a potência de síntese da imaginação cinematográfica. Cantores, dançarinos, imagens e um enredo a ser narrado, juntos, em um único produto. Mágica criativa reveladora do lume sapiencial humano.

Projeto Tela Sociológica

Desde o início de 2001, sem interrupções, o projeto Tela Sociológica vem tendo a sua continuidade. Insiste, persiste e não desiste por acreditar no potencial educativo e libertador das artes, em especial a cinematográfica. Arte vista como força resistente e desafinada em relação aos poderes da dominação alienadora. Começaram com Billy Elliot, do cineasta Stephen Daldry, alicerçados em bases teórico-metodológicas que propõem o acesso aos temas da vida cotidiana através da linguagem do cinema. As câmeras dos cineastas focalizam do ciúme aos conflitos bélicos da nossa ambivalente história pessoal e coletiva. Uma aventura antropossociológica dialogal entre os autores cinematográficos e os das nossas humanísticas disciplinas.

Sociólogos, médicos, psicanalistas, pedagogos e outros profissionais vão ao cinema em busca de encantamento e diversão, mas não estacionam no entretenimento. Julio Cabrera afirma um cinema pensador ao propor “uma introdução à Filosofia através dos filmes”. Marcos Napolitano dá toques pedagógicos de “como usar o Cinema na sala de aula”. O sociólogo que assiste “A Bela da Tarde”, de Buñuel, faz as suas conexões com alguns conceitos de Émile Durkheim. Não esqueçamos a lição básica segundo a qual os fatos sociais são coercitivos. E assim caminham os diálogos entre os textos fílmicos e sociológicos.

Pensando com cinéfilas lentes, aproximamos múltiplos olhares. Encontros paradigmáticos. Max Weber, Freud, Bergman, Paulo Freire, Kurosawa, Shakespeare e outros companheiros das letras e telas, são referencias pensantes. Intelectuais do nosso tempo. Sujeitos atentos aos sinais, produtores de sentido e práticas discursivas promotoras de questionamentos e reflexões. Habitantes da sociedade do espetáculo, em rede, de risco e da vida para consumo. Educar para a liberdade, com uma consciência crítica voltada para a pronúncia de verbos desconstrutores: desvendar, desmascarar e desvelar. Ciência e arte, em diálogo, para a compreensão e análise das complexas realidades.

Rompendo barreiras disciplinares, o Tela Sociológica segue a trilha de um pensamento complexo. Cruzando olhares científicos, filosóficos e artísticos, o projeto exercita saberes abertos, sem muros e não apáticos.

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