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CTT: Projeto de criação de peixes capacita alunos

18/08/2015 13:56

No Colégio Técnico de Teresina (CTT), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), está sendo desenvolvido um projeto que consiste na criação de peixes para futura comercialização, possibilitando que os alunos adquiram conhecimentos práticos a respeito do manejo da criação de alevinos. O Prof. Dr. José Bento de Carvalho, Diretor do CTT, explica que também serão desenvolvidos trabalhos de pesquisa a partir do projeto.

"O ponto de partida foi a disciplina do Curso Técnico em Agropecuária, pensado para que os alunos possam ter aulas didáticas e práticas, onde é necessário ter o contato com o animal, como já temos com ovelhas, suínos, frangos. A professora da disciplina de Piscicultura, Prof. Isolda Nascimento, vai ensinar todo o manejo de criação, desde a chegada do alevino até a sua comercialização, já que uma de suas finalidades é ser fornecido aos Restaurantes Universitários, além dos trabalhos de pesquisa que serão desenvolvidos", explica o Diretor.

Prof. Dr. José Bento de Carvalho, Diretor do Colégio Técnico de Teresina

O processo de criação dos alevinos é feito por meio de tanques construídos no próprio CTT. Segundo o Prof. Dr. José Bento, os peixes estão com sete meses e fazem parte da primeira criação, pois os tanques foram implantados em dezembro. "As espécies que nós criamos são a tabatinga e o tambacu. O cruzamento do tambaqui com piraquitinga gera a tabatinga, e o cruzamento do tambaqui com a pacu, gera o tambacu", diz. Ambas as espécies são híbridas (mistura de duas espécies) e conhecidas por seu maior potencial de produção.

Atualmente, existem mil peixes, divididos em dois tanques, um maior de dimensão 12x24, onde foram colocados 700 peixes, e um menor de 8x12, com 300 peixes. O professor ressalta, porém, a superlotação de peixes, pois os tanques possuem capacidade para 500 peixes. "A consequência disso é que eles não estão uniformes, e sim de tamanhos diferentes, devido à competição pela ração. Mas essa foi apenas a primeira experiência".

Despesca dos peixes no Colégio Técnico de Teresina

O Prof. Dr. José Bento explica ainda sobre a alimentação e o tempo que os peixes devem ficar nos tanques. "As despescas são feitas conforme as exigências do mercado. Você adequa o tempo ao tamanho que você quer. Naturalmente que você não pode ficar com os peixes no tanque por dois anos, pois a conversão alimentar dele será antieconômica, ou seja, o que ele irá ganhar de peso e comer de ração não valerá a pena. Já sobre a alimentação, varia com a idade. A medida que vão crescendo, os peixes recebem diferentes tipos de ração. Chama-se estado fisiológico".

O projeto de criação de peixes abastece os Restaurantes Universitários e serve como um local de aprendizado para os alunos

Para a Profa. Dra. Isolda Nascimento, Médica Veterinária do CTT, o projeto, que está em seu primeiro ano de produção, é de suma importância para a capacitação dos alunos. "Nas disciplinas, eles aprendem sobre todas as etapas de produção, como são manuseados os peixes, como colocar a ração, a tecnologia de pescada e até como é feito o processo de fabricação dos produtos. Os alunos têm oportunidade de aprender todo o processo, desde a obtenção dos alevinos até a despesca. Eles já saem daqui preparados para o mercado", diz.

Isolda Nascimento, Prof. Dr. Médica Veterinária do Colégio Técnico de Teresina

A professora afirma que as técnicas aplicadas no projeto preenchem os requisitos de sustentabilidade. "Por exemplo, os alunos já sabem da questão da qualidade da água e como ela é importante para a produção de peixes. Essas técnicas sustentáveis são fundamentais, pois estamos preparando profissionais e por isso temos que fornecer toda a gama de informações para que possam executar o seu trabalho com muito zelo lá fora", conclui.

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