O governo do estado de Goiás espera investir até 2018 cerca de R$ 1 bilhão na instalação e consolidação de uma plataforma de inovação integrada ao sistema nacional e internacional de desenvolvimento tecnológico. Os recursos fazem parte do Programa Estadual de Inovação e Tecnologia (Inova Goiás), lançado na última semana.

A iniciativa tem como objetivo promover a inovação tecnológica nos diferentes setores econômicos e também nos órgãos públicos, criando condições ideais para maior competitividade da economia goiana. Uma das estratégias adotadas para a execução do programa é a criação de rotas de inovação que conectam os pólos de excelência já existentes em Goiás. Elas serão definidas como áreas de abrangência com vantagens competitivas em diferentes setores.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG), por exemplo, atuará em três eixos: na formação de pesquisadores em áreas estratégicas e na criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e da Rede de Laboratórios do Estado de Goiás.

 De acordo com o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, José Eliton, o Inova Goiás representa um salto de qualidade que irá coroar um ciclo de “iniciativas bem-sucedidas”. “Trata-se de um projeto ambicioso. Goiás está na vanguarda de um tema que é fundamental para o desenvolvimento de qualquer estado, de qualquer nação, que é o tema relacionado à inovação, à tecnologia”, disse.

A execução do Inova Goiás será acompanhada pelo Conselho Superior de Inovação, grupo consultivo formado por pessoas reconhecidas pela comunidade científica, profissionais de diferentes setores da gestão pública e por representantes de segmentos do setor produtivo. O colegiado, que se reunirá periodicamente e está ligado ao gabinete do governador Marconi Perillo, será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED).

Segundo o governador Perillo, no projeto as principais instituições de ensino superior goianas terão papel de destaque no fomento de pesquisas em inovação e tecnologia. “A grande novidade desse programa será a parceria com a academia. Eu quero reiterar o apelo para que todos os reitores e todas as universidades estejam conosco”, afirmou.

 Para o superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mauro Faiad, a centralidade da ciência e tecnologia no programa do governo estadual, num momento de ajuste fiscal, se traduz pela visão de oportunidade. “Acreditamos que nossos esforços serão recompensados nos próximos anos e nas próximas gerações de nosso estado”, afirmou Faiad.

 Parceria com o governo federal

O governo estadual firmou também um protocolo de intenções com o Ministério das Comunicações (MiniCom), com objetivo de desenvolver ações para utilizar melhor a infraestrutura e os programas de inclusão digital do governo federal já implantados no estado. A ideia é que pontos de inclusão digital, como telecentros, cidades digitais e Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) sejam usados para melhorar a capacitação da população de Goiás.

 Além dessas iniciativas, o memorando prevê ainda que o Programa Cidades Digitais chegue a dez municípios goianos, conectando cada uma dessas cidades a uma rede de fibra óptica que interliga os órgãos públicos locais, permitindo o acesso a serviços públicos pela internet, entre outros benefícios.

 (Agência Gestão CT&I, com informações da SED, da UEG e do MiniCom)