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NEPAD promove palestra com a Professora Dra. Maraisa Lopes
12/05/2014 21:45Evento: Palestra com a Professora Dra. Maraisa Lopes
Tema: Análise do Discurso do jornal Folha de São Paulo
Local: Auditório do CCHL
Hora: 18 às 20h
Promoção: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Análise do Discurso - NEPAD e Departamento de Letras.
A professora Maraisa Lopes, doutora em Linguística pela UNICAMP e professora da UFPI no campus de Bom Jesus, ministrará palestra intitulada "Folha: do manual ao jornal ou do jornalístico ao pedagógico". Na oportunidade, a professora falará sobre sua tese de doutorado defendida em março de 2012. O evento é uma promoção do NEPAD - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Análise do Discurso.
Para conhecer a tese da Profª Maraisa, clique AQUI. Veja um resumo da mesma, abaixo:
Esta pesquisa inscreve-se na perspectiva materialista da HIL e mobiliza o dispositivo teórico-analítico da AD, a partir do qual me coloquei frente ao empreendimento de compreender o modo pelo qual os manuais de redação de uma empresa jornalística, em meu caso, a Folha, se configurariam enquanto um instrumento tecnológico do espaço discursivo do jornalismo (hipótese com a qual passei a trabalhar), que pauta a escrita jornalística que, por sua vez, inscreve-se na produção de conhecimento sobre a história da língua e a história do conhecimento sobre a língua, funcionando como um instrumento linguístico. Além disso, trabalho com a compreensão de que a constituição da instituição 'jornal' se dá em uma relação com um 'poder dizer' (MARIANI, 1999), instaurando uma memória discursiva no funcionamento da instituição jornalística. Meu dispositivo teórico repousa nas noções correntes da AD, mais propriamente, naquelas postuladas por Pêcheux, Henry, Guilhaumou, Maldidier, Orlandi e, recorro a Mariani, Silva, Pfeiffer e Silva para tangenciar as questões relativas ao discurso jornalístico. Compreendo em minha pesquisa as condições de produção das versões dos manuais de redação da Folha, bem como o processo de institucionalização do Grupo. Além, de ter buscado apresentar algumas considerações acerca desse instrumento tecnológico, o manual. Pensar o discurso jornalístico impõe que pense-se também uma questão de memória, um já dito que constitui todo o dizer; nos manuais, noto um trabalho de atualização de enunciados, num movimento que o constitui enquanto pertinente aos meandros do jornalismo e enquanto um recorte da língua, que possibilita a produção de textos que se coloquem no lugar do bem-dizer. Considerando os efeitos de sentido observados em minha pesquisa, compreendo que o manual sustenta um imaginário de referência de língua tanto para o jornalismo, quanto para a escola, que cada vez mais se apropria dos textos midiáticos.
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