O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) está realizando, nesta semana, um treinamento de terapia por pressão negativa ou técnica de fechamento de feridas assistido a vácuo (VAC). Trata-se de uma nova modalidade de gerenciamento de lesões de média a alta complexidade com foco no tratamento dos pacientes. É resumidamente descrita como um curativo avançado, com aplicação de esponjas hidrofóbicas de poliuretano com trocas de 48 a 96 horas.

O treinamento, organizado pelo Grupo de Estudo e Pesquisa da Pele (GEPPe), tem como público-alvo médicos, enfermeiros e residentes do Hospital Universitário. "O material está dentro do hospital, foi licitado e o Hospital Universitário é um dos poucos hospitais de Teresina que tem a terapia por pressão negativa. A terapia VAC é uma tecnologia moderna que não é encontrada em todo lugar e exige que enfermeiros e demais profissionais do HU estejam capacitados para aplicar a terapia quando houver lesões complexas que com indicação do VAC", afirma Adriana Rodrigues Alves de Sousa, enfermeira representante da Terapia VAC em Teresina.

De acordo com a coordenadora do treinamento, enfermeira Roxana Mesquita, o treinamento está sendo ministrado em seis turmas de aproximadamente vinte pessoas, cada uma com conteúdo teórico e prático. "A metodologia do treinamento facilita o bom entendimento dos participantes que precisam estar capacitados quando forem realizar o processo de indicação e aplicação da Terapia VAC", destaca Roxana.

Representação da aplicação do curativo da terapia VAC

"Indicar da maneira correta, fazer uma aplicação correta, dar alta ao paciente da terapia no momento correto são medidas que possibilitam alinhar o custo benefício à efetividade. O treinamento auxilia para que o profissional promova um bom tratamento, com sucesso para com o paciente, sabendo lidar bem com os custos do hospital", observa a palestrante do treinamento, Bárbara Cirne Bento, enfermeira dermatológica especialista no tratamento de lesões complexas com pressão negativa, fechamento temporário abdominal.

A enfermeira Bárbara Bento explica, ainda, um dos grandes benefícios do uso da Terapia VAC nos hospitais. "Os pacientes com lesões complexas, que passam muito tempo dentro dos hospitais ocupando leitos, acabam gerando custos para o hospital muito além dos custos de casos em que se faz uso da terapia por pressão negativa, sobretudo por manter o leito ocupado. Então, quando se usa essa terapia, além de tratarmos uma ferida complexa que não pode ser gerenciada com outro tipo de cobertura de tratamento, nós desospitalizamos precocemente o paciente, ganhando em efetividade e custos. Com esse tratamento é possível alinhar o custo com o sucesso do paciente", avalia.

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