Brasil Brasil Acesso

Notícias

UFPI desenvolve postes com resina de caju resistentes à corrosão

UFPI desenvolve postes com resina de caju resistentes à corrosão

03/02/2015 16:37

Francisco Figueiredo, aluno de Doutorado; Prof. José Ribeiro, coordenador do projeto; Maelson Nunes, Hugo Leandro Sousa e Valéria Denise Barros, alunos de Iniciação Científica.

Com o objetivo de produzir postes mais resistentes à corrosão destinados a áreas praianas, pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) desenvolveram um poste impermeabilizado com resina de caju a base do chamado LCC - Líquido da Casca da Castanha, popularmente conhecido por "leite de castanha". Coordenado pelo Prof. Dr. José Ribeiro, o projeto custou cerca de R$ 400.000,00 e foi financiado por uma companhia energética interessada em um produto que permitisse mais tempo de uso no Litoral Piauiense.

Participam do projeto quatro professores da UFPI, dois alunos de Doutorado, uma aluna de Mestrado e seis alunos de Iniciação Científica. A aluna de Mestrado, Valéria Denise Barros destacou a importância dessa conquista para sua vida acadêmica: "Ele tem uma importância muito grande na minha área que é ciências dos materiais e ajuda bastante a compreender as minhas disciplinas de Mestrado. Contribui mais ainda para colocar em prática aquilo que a gente vê aqui na universidade, tanto na graduação quanto no mestrado".

Segundo o Prof. José Ribeiro, um dos focos principais da pesquisa foi encontrar uma forma de transformar a resina no estado sólido para o estado líquido, permitindo a aplicação como uma tinta no concreto. "Na forma sólida, ela só podia ser esfarelada e aplicada no concreto, o que acarretaria na perda de resintência do poste em cerca de 50%, não resistindo assim, nem ao impacto nem a própria sustentação. Tivemos que achar um bom termo para aplicar a resina sem que o poste perdesse resistência e o melhor meio foi aplicar a resina líquida. Encontramos várias formas para esta aplicação: pintura com pincel, aplicação sob pressão. Então, a gente tem uma série de possibilidades e o segredo do projeto é obter essa resina líquida, esse é objeto da nossa patente" ressaltou.

Execução do projeto

Atualmente, existem oito postes impermeáveis instalados, quatro na praia Peito de Moça e quatro na Praia da Pedra do Sal, ambas no Litoral Piauiense. A estimativa de vida útil dos portes com resina é cerca de 300 vezes maior que um poste normal: um poste que duraria 3 anos passa a durar cerca de 10 anos. Para efeito de comparação, foram instalados mais quatro postes sem resina, feitos pelo mesmo fabricante, nas duas praias. A venda dessa tecnologia já está em fase de negociação para a produção em grande escala.

Instalação de poste impermeabilizado com resina de caju

A resina já obtida em estado líquido é aplicada e impermeabiliza o concreto impedindo a entrada de água, o veículo propulsor da corrosão. Essa tecnologia pode ser empregada não só em postes, mas em qualquer concreto, impedindo a entrada de água e aumentando a durabilidade da estrutura. A resina utilizada nas pesquisas vem da indústria alimentícia. Tradicionalmente, esse material não tem custo, é utilizado em algumas regiões pra queimar na caldeira ou misturar no diesel por não ter uma aplicação mais específica. 

Notícias

publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade

© 2010, Universidade Federal do Piauí - UFPI   Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga - Teresina - PI
Coordenadoria de Comunicação Social, (86)3215-5525, Fax (86)3215-5526, comunicacao@ufpi.edu.br
CEP: 64049-550 - Todos os direitos reservados.