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Pesquisa avalia prevenção de DSTs entre profissionais do sexo de Teresina

13/11/2014 08:46

A metodologia é inovadora. Denominada Respondent Drive Samplin (RDS), tem a amostragem dirigida pelo entrevistado. A problematização que despertou o interesse pelo tema e pelo público, já é bem conhecida. A situação de exposição às doenças sexualmente transmissíveis a que estão submetidas as profissionais do sexo e o intuito de fazer uma intervenção positiva nessa realidade, levaram a professora Dra. Rosilane de Lima Brito Magalhães, do Colégio Técnico de Teresina da UFPI, a elaborar o projeto Incidentes críticos referentes às medidas de prevenção da Hepatite B e Aids com base nos relatos de mulheres profissionais do sexo.

"Tenho interesse na temática HIV e Hepatite B, e a escolha por essa população justifica-se pelo elevado número de casos dessas infecções em mulheres profissionais do sexo, e também por tratar-se de uma população vulnerável a diversos agravos. Diante da necessidade, decidimos por esse trabalho porque entendemos que o resultado da pesquisa vai trazer um impacto muito positivo. Teresina ainda não tinha registros do número de casos de HIV em mulheres profissionais do sexo. Então, a pesquisa vai dar visibilidade ao problema e, com isso, contribuir para que essa mulher inicie o tratamento de maneira mais precoce. Pretende-se ainda melhorar a situação vacinal contra hepatite B", destacou a professora.

Professora Rosilane de Lima Brito Magalhães, autora do projeto de pesquisa

A pesquisa é realizada com as mulheres profissionais do sexo do município de Teresina, e para isso conta com o apoio da Associação de Mulheres Profissionais do Sexo do Estado do Piauí (APROSPI). Na metodologia RDS, uma participante indica outra para ser entrevistada, elas recebem um convite com o horário e local da aplicação do questionário e repassam para as outras mulheres elegíveis ao estudo. A meta é ouvir 380 das 600 mulheres participantes da associação.

Estão envolvidos três profissionais de enfermagem e três estudantes do 5º ao 7º período do curso de enfermagem da UFPI. Foram quatro meses de preparação do grupo, com revisão de literatura, elaboração do questionário, capacitação para aplicação do teste rápido para HIV e Hepatite B, além de estudos para compreender a prostituição e a melhor forma de abordagem dessas mulheres. O projeto teve início em janeiro de 2014 e vai até março de 2015, quando serão divulgados os resultados. É desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (campus de Ribeirão Preto), Universidades Federal de Goiás e do Ceará. O financiamento é feito pelo Ministério da Saúde.

No momento, o grupo está aplicando o questionário. Já foram ouvidas 170 mulheres. O questionário tem 87 questões e traz perguntas como o local de trabalho, dados sociodemográficos, acesso aos serviços de saúde, uso de drogas, higiene, conhecimentos sobre HIV/AIDS e Hepatite B, métodos de prevenção e acesso a esses métodos.

Os resultados da pesquisa serão apresentados para a Secretaria Municipal de Saúde de Teresina e divulgados em eventos da Iniciação Cientifica, no Congresso Brasileiro de AIDS e no Congresso de Infectologia. Os dados também subsidiarão a realização do I Fórum de Atualização em Hepatite B, na UFPI, em 2015.

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