Foi publicado nessa sexta-feira (12) na revista australiana Invertebrate Systematics, o artigo intitulado "On the New World spiders previously misplaced in Leptopholcus: molecular and morphological analyses and descriptions of four new species (Araneae : Pholcidae)" (Sobre as espécies de aranhas do Novo Mundo anteriormente mal posicionadas em Leptopholcus: análises morfológicas e moleculares e descrição de quatro novas espécies), cujo um dos autores é o Prof. Me. Leonardo S. Carvalho, do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Amílcar Ferreira Sobral, em Floriano.

Segundo o professor, esse trabalho é uma colaboração entre ele e pesquisadores da Alemanha e do Sri Lanka, onde permitiu avançar o conhecimento das relações filogenéticas entre um grupo de aranhas, que ocorrem no Brasil e no Caribe.

"Com este trabalho, foi possível descobrir e descrever quatro novas espécies do gênero Micropholcus, que foram nomeadas em homenagem a seus locais de coleta, a Micropholcus piaui encontrada em Castelo do Piauí, Micropholcus crato registrada para Crato -CE, Micropholcus ubajara registrada para o Parque Nacional de Ubajara, no Ceará e Micropholcus piracuruca registrada para o Parque Nacional de Sete Cidades, em Brasileira e Piracuruca", relatou o professor Leonardo Carvalho.

Macho de Micropholcus ubajara, predando um inseto no interior de uma gruta no Parque Nacional de Ubajara, Ubajara-CE

Municipal Pedra do Castelo, Castelo do Piauí-PI, local de coleta de Micropholcus piaui

O professor acrescentou ainda que estas espécies compõem um grupo de organismos atualmente considerados como formas relictuais, restritos a áreas mais úmidas em ambientes secos brasileiros, tais como regiões dominadas pelo Cerrado e a Caatinga. Assim, estes organismos tornam-se promissores objetos de estudos para pesquisas futuras sobre padrões de evolução de ecossistemas áridos neotropicais.

Os resultados publicados fazem parte do Programa de Pesquisas em Biodiversidade do Semiárido, financiados com recursos do MCT/CNPq e parte do material utilizado no trabalho encontra-se depositado na Coleção de História Natural da Universidade Federal do Piauí (CHNUFPI), situada em Floriano.