O Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou, na manhã dessa segunda-feira (13), o lançamento do Curso de Educação Popular em Saúde. O Curso é realizado em parceria com o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e conta com o apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí  (Sesapi).

Representantes da administração superior da UFPI e de instituições ligadas à saúde participam do evento

A solenidade de abertura aconteceu no auditório do Departamento de Enfermagem da UFPI e contou com a participação de representantes da administração superior da UFPI e de instituições ligadas à saúde no Estado: Prof.ª Dr.ª Cristiane Torres, Pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários; Prof. Dr. José Ivo Pedrosa, gerente do NESP-UFPI; Prof.ª Dr.ª Maria do Livramento Figueiredo, Chefe do Departamento de Enfermagem; Dr.ª Cristiane Moura Fé, Superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Piauí e Cruz Castro, presidente do Sindicato Estadual dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate às Endemias do Piauí (SINDEACS-PI).

Abertura do Curso de Educação Popular em Saúde 

O projeto do Curso foi desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde (MS) com o objetivo de capacitar os agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, na área da educação da saúde popular. A carga horária do Curso é de 53 horas/aula, distribuídas em três momentos: modalidade PRESENCIAL (32 horas/60,4%), conexão virtual na modalidade EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD (11 horas/20,8%) e as ATIVIDADES DE CAMPO (10 horas/18,8%). O conteúdo programático é composto por quatro unidades: "Educação popular em saúde e o protagonismo dos sujeitos sociais", "Saúde e sociedade", "Cultura, arte e saúde" e "A equidade, inclusão e participação no SUS".  

As aulas presenciais acontecem no período de 13 a 16 de janeiro, concomitantemente nos territórios e municípios selecionados com base no critério de proporcionalidade, conforme divulgação e seleção via editais; são eles: ENTRE RIOS (Teresina), PLANÍCIE LITORÂNEA (Parnaíba), COCAIS (Piripiri), CARNAUBAIS (Campo Maior), VALE DO SAMBITO (Valença), VALE DO RIO GUARIBAS (Picos), VALE DO CANINDÉ (Oeiras), SERRA DA CAPIVARA (São Raimundo Nonato), VALE DOS RIOS PIAUÍ E ITAUEIRAS (Floriano), TABULEIRO DO ALTO PARNAIBA (Uruçuí), e CHAPADA DAS MANGABEIRAS (Bom Jesus), que ministrará seu curso de 15 a 18 de janeiro de 2014. 

O corpo docente do Curso é formado por 14 mediadores e 12 educadores populares, selecionados por meio de edital, e atenderão mais de 535 inscritos. 

Mediadores e educadores popular em participam de capacitação

A coordenadora estadual do projeto, Prof.ª Dr.ª Gláucia Antônia Azevedo, falou sobre as expectativas da transformação das ações dos agentes por meio do Curso. "Esperamos que esse Curso possa despertar nos agentes a consciência de transformação das práticas que eles desenvolvem no campo teórico e principalmente no território onde estão engajados. No ponto de vista da educação popular, é importante que o agente conheça com maior precisão quais os recursos disponíveis dentro daquele território para exercer melhor suas atividades", afirmou a coordenadora.

Prof.ª Drª Gláucia Antônia Azevedo, coordenadora estadual do Curso de Educação em Saúde Popular

Segundo o Gerente do NESPI-UFPI, Prof. Dr. José Ivo Pedrosa, o curso representa uma vitória do Sistema Único de Saúde (SUS) e é uma importante parceria entre as instituições envolvidas para melhorar o sistema de saúde no Estado. O gerente do NESP falou ainda sobre o impacto desse projeto na sociedade: "Esse Curso é articulado com um política nacional de educação em saúde, cujo objetivo é transformar o SUS em um lugar onde a relação entre as pessoas seja pautada pelo respeito; aliando o saber popular e o científico", comentou.

Prof. Dr. José Ivo Pedrosa, gerente do NESPI-UFPI

O presidente do Sindicato Estadual dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate às Endemias do Piauí (SINDEACS-PI) comentou sobre as novas ações dos agente comunitários. "O Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde nasceu com a necessidade de ser o elo entre os profissionais da saúde e a comunidade. O Programa de Agentes Comunitários se ampliou e sentimos a necessidade de capacitação. O agente tem que ser reconhecido e tratado como educador da saúde", explicou Cruz Castro.

Cruz Castro, presidente do Sindicato Estadual dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate às Endemias do Piauí (SINDEACS-PI)