Depois ter aprovado em 2010 um Projeto de Infraestrutura, sob Coordenação do Prof. Dr. José A. D. Lopes, com investimento da PETROBRAS da ordem de 3,2 milhões, o grupo de Geoquímica Orgânica da UFPI acaba de aprovar um novo Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento da ordem de 400 mil reais, e possui bolsas para alunos de IC, mestrado e pesquisadores. O novo Projeto, sob a coordenação do Prof. Dr. Sidney G. de Lima, voltará seus trabalho para análise de Biomarcadores em Rochas Sedimentares na Bacia do Parnaíba.

O Laboratório de Geoquímica Orgânica da UFPI (LAGO-UFPI) é coordenado atualmente pelo Prof. Sidney Lima e encontra-se equipado, como resultado do Projeto de Infraestrutura (Petrobras/UFPI - 2010), com as mais modernas técnicas de separação e identificação de novos biomarcadores em petróleos e rochas sedimentares, os quais são fundamentais para correlação da matéria orgânica (MO) com organismos vivos que lhe deram origem.

Tais biomarcadores podem ser utilizados:
-  para determinar a origem da MO;
- verificar o ambiente deposicional;
- verificar o grau de evolução térmica da MO, através das correlações óleo/óleo e óleo/rocha verificar rotas de migração de óleos;
- verificar processos pós-genéticos importantes como a biodegradação.

Tais avaliações tem um valor estratégico inestimável para qualquer empresa de óleo e gás que se dedique à exploração, especialmente em nosso Estado que se configura com potencial exploração de gás. É importante ressaltar que a recente realização do leilão (15-05-2013) pela ANP para exploração de hidrocarbonetos na Bacia do Parnaíba, sendo 13 blocos no Piauí, se configura como um momento histórico, visto que atrairá uma grande soma de investimentos públicos e privados para o Estado, gerando emprego e renda.

No presente projeto a consolidação do Grupo de Geoquímica Orgânica da UFPI na Rede Temática de Geoquímica e como parceira da PETROBRAS certamente contribuirá para que possamos contribuir não só com os anseios do CENPES/PETROBRAS e Rede de Geoquímica, mas também com esse crescimento no setor.
O real potencial gerador de hidrocarbonetos da Bacia do Parnaíba ainda vem sendo estudado. A contribuição destas pesquisas geoquímicas contribuirá para um melhor entendimento dos sistemas petrolíferos desta bacia.

O projeto, portanto, é de grande relevância, pois é o primeiro estudo colaborativo, desse porte com o CENPES, que tem como objetivo estudar as rochas geradoras da Bacia Sedimentar do Parnaíba, seu potencial petrolífero, que contribuirá para o desenvolvimento científico da grande região do Parnaíba, uma vez que esta bacia ainda é pouco explorada. Por isso, torna-se evidente a necessidade de realizar estudos químicos e geoquímicos e avanços tecnológicos utilizando a referida Bacia e assim a capacitação de pessoas e a instalação de laboratórios especializados em sua proximidade.

O grupo vem trabalhando em colaboração estreita com o grupo de Geoquímica do IQ/Unicamp e com pesquisadores da Gerência de Geoquímica do CENPES/Petrobrás, tendo estudado amostras de óleos das Bacias de Sergipe-Alagoas, Campos e Potiguar.

                                                                                                                                            Com informações: LAGO