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UFPI realiza projeto de catalogação de espécies do Cerrado e da Caatinga

UFPI realiza projeto de catalogação de espécies do Cerrado e da Caatinga

18/05/2011 11:15

Preocupados com a conservação das espécies vegetais existentes nos biomas brasileiros, além de sua utilização no tratamento de doenças, entre outras aplicabilidades químicas e genéticas, professores de algumas instituições federais do país - inclusive da UFPI- darão início a execução do projeto "Rede Temática CECAA - Prospecção de moléculas bioativas e estudo de variabilidade infra-específica em plantas e microrganismos endofíticos do Cerrado e Caatinga".

Por meio deste projeto, será feita a documentação de acesso às espécies vegetais do país, em especial o Cerrado e a Caatinga, havendo a prospecção de substâncias bioativas, além da análise de sua variabilidade genética. As coletas, por sua vez, serão feitas nos estados do Piauí, São Paulo, Minas Gerais e Ceará. Segundo a professora Dra. Mariana Chaves - do Departamento de Química da UFPI e pertencente ao Grupo de Governância do Projeto da Rede Temática CECAA -, além de catalogar novas espécies, os pesquisadores irão incluir em seus trabalhos as espécies já encontradas nas regiões da pesquisa.

"Uma de nossas preocupações é fazer o resgate popular do uso de plantas para a cura de determinadas doenças, que há algum tempo vem sendo deixado de lado devido ao uso de remédios tradicionais", argumenta Mariana Chaves. Além do incentivo ao uso de substâncias naturais, a catalogação das espécies evitará que o conhecimento adquirido a respeito destas seja perdido, já que a devastação ambiental é uma prática cada vez mais recorrente no espaço geográfico brasileiro.

Laboratório de Produtos Naturais da UFPI


O projeto, aprovado com financiamento integral pelo CNPq em R$2 milhões, conta com a união de esforços e a experiência dos Laboratórios da UNESP (IQ - NuBBE, FCF, FC), Instituto de Botânica (SMA/SP), UFMG (DATAPLAMT), UFC (LOE, LPN e CENAUREMN) e UFPI (Laboratório de Produtos Naturais, NTF- Laboratório de Pesquisa em Neuroquímica Experimental e BIOTEN). Para a Universidade Federal do Piauí será destinado um montante de R$ 281.201,34.

Com o desenvolvimento do projeto, as instituições participantes vão ser contempladas com a compra de vários equipamentos para o desenvolvimento dos trabalhos, a exemplo do HPLC, que processa a documentação química das plantas. "Além de desenvolver um projeto importante para a conservação da flora dos biomas, os equipamentos utilizados servirão de incentivo para os alunos quando da melhoria da aplicabilidade de seus estudos".

Participam do projeto alunos da UFPI dos cursos de Biologia, Química e Farmácia, bem como do Mestrado em Química, Ciências Farmacêuticas, Farmacologia e Desenvolvimento e Meio Ambiente, além de docentes que integram os quadros da instituição.

Professora Dra. Mariana Chaves, membro do Grupo de Governância do projeto


Contribuição para a comunidade acadêmica

Estima-se atualmente que o Brasil possua um total de 2 milhões de espécies distintas. Entretanto, apenas 200 mil são conhecidas e estudadas. Com o término da execução do projeto, que tem duração de dois anos, serão compiladas todas as informações em um Banco de Dados, o qual será disponibilizado para a comunidade acadêmica em geral. "Além de compartilhar as informações conseguidas por meio da pesquisa, um banco de extratos deve ser feito para que o material extraído dessas plantas possam ser utilizados em pesquisas futuras", ressalta a professora Mariana Chaves.

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