O I Encontro de Estudantes de Farmácia do Piauí - EnEFarPI, realizado pelo Centro Acadêmico de Farmácia "Dr. Raul Furtado Bacellar" (CAFAR) da Universidade Federal do Piauí, juntamente com os Centros Acadêmicos de farmácia da FACID e FSA, teve início hoje (18). Pela manhã, houve o credenciamento com posterior mesa de abertura e, à tarde, foi proferida a mesa-redonda do dia, que teve como tema: O perfil do profissional farmacêutico a partir de sua formação.

Com o objetivo de entender as faces da formação acadêmica no atual sistema econômico e seu reflexo sobre o perfil do profissional farmacêutico da atualidade, a discussão foi norteada pelos seguintes eixos: diretrizes curriculares e currículo generalista, proferido pela professora de Farmácia da UFPI, Graça Medeiros; percepção da atual situação do ensino de farmácia no Brasil, cujo palestrante foi o farmacêutico Paulo Leal; saúde e atenção farmacêutica no contexto social, por André Luis Meneses, também professor de Farmácia da UFPI; além de contar com a participação honrosa de Osvaldo Bonfim, presidente do Conselho Regional de Farmácia.

Com base no tema do evento: Farmacêutico: A Que Será Que Se Destina? , discutiu-se sobre para quê e para quem esses estudantes estão sendo formados e o seu papel como profissional farmacêutico, além de fazer um questionamento acerca da eficiência das atuais grades curriculares e das diretrizes farmacêuticas na formação do estudante de Farmácia. Segundo os responsáveis pela organização do evento, estes não são contra o currículo generalista vigente, mas que o mesmo possui falhas e não deixa claro, por exemplo, como serão feitos os estágios dos alunos, defendendo a valoração da parte prática do curso.

O estudante responsável por presidir a mesa também falou sobre a importância da pesquisa, destacando a atual decisão do Colegiado do curso de ser apresentado trabalho científico obrigatório como meio de conclusão de curso, visto como algo positivo para o desenvolvimento do estudo da ciência na área farmacêutica, como forma de ajudar e aprimorar as políticas de assistência governamental.

Na ocasião, também foi dado enfoque à saúde e atenção farmacêutica no contexto social, por meio do eixo temático ministrado pelo Prof. Msc. André Luis Meneses. De acordo com ele, a assistência farmacêutica é um conjunto de ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, e que a preocupação do futuro profissional farmacêutico tem que ir além do que é exigido na sua formação. "O conceito de saúde vai além dos medicamentos, também faz parte o cuidado com o bem-estar do paciente e a terapia farmacêutica", conta.

O professor André falou ainda sobre a atenção na saúde - que é um ramo da assistência farmacêutica e envolve as políticas oferecidas pelo governo -, atenção esta que não engloba somente a prescrição medicamentosa e a análise técnica da mesma, mas outros componentes importantes na área da Farmacologia, "como a avaliação de exames laboratoriais, a realização de intervenções farmacêuticas, os estudos de utilização de medicamentos, o acompanhamento farmacêutico, etc."

Após a mesa-redonda, há um momento aberto a perguntas e possíveis questionamentos e, depois, os estudantes dividem-se e formam grupos de trabalho, separados em 4 GT's, onde ocorre um debate acerca dos assuntos abordados. O EnEFarPI, que conta com estudantes de Farmácia não só da capital, mas também do interior do Estado, segue até o dia 20/11, com mais mesas temáticas, mini-cursos, grupos de trabalhos e outras atividades.

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