A Universidade Federal do Piauí encerra o ano como exemplo nacional de desenvolvimento. Através do projeto de Reestruturação e Expansão de Universidades Federais (REUNI) e do Projeto de Expansão do Governo Federal, a UFPI já anota a soma de R$ 94,8 milhões investidos em obras de equipamentos apenas para esses dois projetos, fora o que foi gasto com recursos próprios e para recuperação de praticamente toda a área da Universidade. O resultado se reflete em avanços significativos. Em cinco anos foram criados 48 novos cursos, o número de alunos saltou de 13 mil para 18 mil, além de contratados 760 novos servidores.

O Projeto de Expansão criou dezenove novos cursos em Bom Jesus, Parnaíba e Picos. Apenas na primeira, que foi já completamente concluída, os três campi receberam R$ 35,8 milhões para obras de infra-estrutura. "Não temos dúvida em dizer que hoje a UFPI é modelo de expansão. Enquanto muitas universidades estão na segunda etapa já chegamos à quarta etapa. Estamos rigorosamente em dia nos prazos do Ministério da Educação", destaca o reitor Luiz Júnior.

O resultado pode ser visto em salas de aula e de professores, laboratórios, bibliotecas, departamentos, setores administrativos, banheiros, rampas e salas de apoio para diversos cursos. Até agora, foram investidos R$ 60 milhões nas duas etapas do projeto de expansão. Através do REUNI foram gastos R$ 24,4 milhões, Floriano e Teresina estão recebendo prédios modernos, verticais, alguns com elevadores e estruturas próprias para os cursos, como passarelas diferenciadas.

Para os alunos, os números da expansão da UFPI significam muito mais. "Temos salas de aula e laboratórios equipados. Isso é o que eu sempre sonhei e não pude ter na minha cidade. É visível o desenvolvimento do campus e, como estudante, espero crescer junto com ele", declara Cícero Nunes, estudante cearense que trocou de estado para estudar Medicina Veterinária no novo campus de Bom Jesus.

Enquanto a expansão encerra sua terceira etapa e inicia a quarta fase de estruturação, a UFPI amplia o leque de opções nas graduações, sempre baseados em pesquisas de mercado, gerando oportunidades para os alunos e desenvolvimento para o estado. É o que traduz o potencial desde os cursos de Turismo e Engenharia de Pesca em Parnaíba, até chegar à Engenharia Florestal e Zootecnia em Bom Jesus.

Universidade dobrou de tamanho

Com todo o crescimento na capital e interior, a Universidade Federal do Piauí dobrou de tamanho, tanto no que se refere a cursos e alunos, como também em área física. "O que não foi construído foi recuperado. A UFPI é competitiva, virou universidade de grande porte", garante Luiz Júnior.

Como exemplo de resultado, já são visíveis as estruturas que vão abrigar os cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Moda, Estatística e Arqueologia - esse último, para satisfazer os anseios do estado berço do homem americano, contará com um museu próprio.

A nova estrutura física e de novos cursos também exige pessoas qualificadas para compor o quadro de servidores docentes e administrativos. Em Floriano, o crescimento do interesse pela academia é visível. O motivo está, por exemplo, na professora Juciane Vaz Rego. "A UFPI tem contribuído na minha vida desde quando eu era aluna do curso de graduação. Neste período, tive a primeira experiência com pesquisa e aprendi muito com os professores. Atualmente, à frente do curso de Ciências Biológicas, obtive enorme experiência profissional que retribuirei com os ensinamentos que recebi durante a graduação", declara.

A circulação de capital nas regiões beneficiadas com os projetos aquece a economia beneficiando, sobretudo, setores da construção civil, transportes, comércio varejista e hotelaria. "A chegada da UFPI contribuiu muito para a economia da cidade, que está ganhando outra cara. Os estabelecimentos comerciais estão sendo atingidos pela grande quantidade de alunos e funcionários da universidade" conta Josenias Oliveira, que construiu um condomínio de casas nas proximidades do campus de Floriano. "Por coincidência, estão todas alugadas por professores e servidores da instituição. Certamente, os empresários estão a colher os frutos da expansão", observa o empresário.

Por fim, as novas estruturas, novos funcionários e novos alunos vêem uma condição plena de desenvolvimento científico e intelectual quando encontram toda uma série de equipamentos disponíveis a si. Em complementação aos investimentos provindos do REUNI e da Expansão, eles foram adquiridos com R$ 10,3 milhões destinados pelo MEC.

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Fonte: Jornal Meio Norte - 16/12/2009