Virou tradição para os amantes da sétima arte. Durante duas sextas-feiras por mês, os cinéfilos de plantão podem escolher os filmes que desejam prestigiar no Cineclube Olho Mágico. E nesta sexta-feira (27), três opções estão a disposição de todos. A exibição dos filmes começa sempre às 18h15 na sala 450, localizada no Centro de Ciência da Educação (CCE) da Universidade Federal do Piauí.

No último Cineclube, "Entre os muros da Escola", de Laurent Cantet, foi o escolhido pelo público que não perde uma sessão do cinema. Do ciclo "Naquele Instante", as opções para esta sexta-feira são "Má Educação", "Persépolis" e "A Valsa com Bashir". Antes de votar, confira um pouco sobre cada um dos candidatos.

 1. Ácido, dramático, barulhento. A cada filme, chacoalha uma série de tabus como quem chuta uma colméia de abelhas africanas. Se a descrição acima parece hipérbole, perde o tom de exagero quando falamos em Pedro Almodóvar. A primeira opção de filme é "Má Educação", um de seus últimos trabalhos. Expressões-chave: Pedofilia, homossexualismo, abuso sexual, crimes na igreja.

2.  "Persépolis", de Vincent Paronna e Marjane Satrapi, é um desenho animado para adultos. Ou para quem se despede da adolescência. A animação em longa-metragem, trabalhada no preto e branco, fala sobre uma garota iraniana ultrapassando de forma consciente a linha entre a infância e a maturidade, que são forçadas a passar mais rápido frente a ditaduras, guerras e morte no Irã. Desmanchar das fantasias sobre a realidade brutal da revolução islâmica iraniana, transpostos para o desenho de forma encantadora, fazem do filme uma ótima opção. Quebra corações.

3. O terceiro candidato, a também animação "A Valsa com Bashir", adentra dois mundos perturbadores. Um metafórico, outro real. A o imaginário fica por conta dos pesadelos do protagonista, mote do filme. O real esbarra no conteúdo dos sonhos e da mensagem do filme: Conflito entre Israel e Palestina, imagens de sangue, horror e trevas psicológicas frutos da culpa que permeia a situação no Oriente Médio. Sem glamour, mas com uma estética moderna, o filme traz pra perto um assunto que parece estar distante: Guerra.