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Professora da UFPI participa de seminário sobre cultura Afro

17/08/2009 11:13

Em 9 de janeiro de 2003, através de decreto do Congresso Nacional, chega à mesa do Presidente da República a lei no 10.639. Sancionada, ela configura um momento e passo  essencial na preservação da História e Cultura Afro-Brasileira. Isto porque seus artigos determinam que todas as instituições de ensino fundamental e médio, sejam particulares ou públicas, adicionem o estudo da influência e contribuição do povo negro nas áreas social, política e econômica no Brasil.

Contudo, seis anos após sua implantação, uma pergunta ainda procura resposta contundente: Como realizar a abordagem dos estudos relativos e garantir aplicação da lei? Com o objetivo da resposta em foco, e de levantar outras dúvidas mais, será realizada nos dias 25, 26 e 27 de agosto no Pelourinho, Salvador, Bahia, o ?Seminário: Rebeliões da população escrava e plebe livre no Brasil ? aplicação da lei 10.639/03?. E no fórum de discussão sobre as raízes do país, o Piauí estará duplamente representado.

Representado por um tema e por uma figura. O tema, a Balaiada no Piauí. A figura, a Professora Doutora da UFPI, Claudete Dias. Ela falará no evento sobre a influência da guerra que aconteceu no início do século XIX, quando o Brasil ainda era colônia, incitada por vários movimentos armados e pró-independência. Considerada um dos acontecimentos mais expressivos na história das guerras brasileiras e dos movimentos sociais no país, a Balaiada contou com a parcela mais pobre da população da época, escravos fugitivos e prisioneiros, como espinha dorsal na participação direta e armada do movimento em prol da emancipação do Brasil da coroa portuguesa.

Autora do livro ?Balaios e bem-te-vis: A guerrilha sertaneja? que trata sobre o assunto, a professora Claudete Dias é enfática ao destacar a natureza e proporção do que foi da Balaiada. ?Com duração de três anos, três mil mortos, mais de 11 mil prisioneiros, e expansão pelo território de cinco estados brasileiros (Maranhão, Bahia, Piauí, Goiás e Ceará), a Balaiada comprova que a independência do Brasil foi um processo longo, penoso e violento, marcado por diversas lutas?, fala a professora, em contraponto ao grito de independência de Dom Pedro I como ato único.

Visões alternativas de eventos como a Balaiada, que completou 170 anos de acontecimento, e de outras revoltas tal qual a Cabanagem, a Revolta dos Búzios, Lanceiros Negros, Levante dos Males e a Revolta da Chibata, serão abordadas no ?Seminário: Rebeliões da população escrava e plebe livre no Brasil?. Tais discussões são apoiadas pela necessidade da construção e fortalecimento da cidadania não apenas de uma etnia ou grupo social específico, mas de todo a população brasileira. Porque para um povo, está no reconhecimento de suas origens, o resultado de sua identidade. 

CoordCom.

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