Ensino, pesquisa e extensão são as missões que a Universidade Federal do Piauí já implantou como Instituição de Ensino Superior. Porém, estes pontos podem ainda ser melhorados com aquilo que se mostra como a quarta missão das universidades: a internacionalização.

O estabelecimento de programas que visam acordos bilaterais ou multilaterais entre universidades brasileiras e estrangeiras estimula não só a absorção de conhecimento por alunos brasileiros que estudam no exterior e vice-e-versa, mas proporcionam uma troca de conhecimentos que enriquece as instituições que as sustentam.

Na tarde de quinta-feira (13), a Universidade Federal do Piauí recebeu a secretária executiva da Associação Grupo Coimbra de Dirigentes de Universidades Brasileiras, professora Rossana Valéria de Sousa e Silva, que ministrou palestra para o reitor da UFPI, professor Luiz Júnior, reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra, além de pró-reitores da UFPI, diretores de centros e coordenadores de mestrados.

Com o tema ?Redes Universitárias e Internacionalização das Universidades Brasileiras?, a professora, que também é assessora da comissão internacional da Associação de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reforçou a importância da internacionalização para o ensino superior brasileiro e falou dos benefícios que uma universidade pode ter investindo na sua quarta missão. O assunto também havia sido abordado durante Aula Magna ministrada pelo reitor da universidade portuguesa, na manhã de quinta-feira, na UFPI.

De acordo com o reitor da UFPI, professor Luiz Júnior, a palestra da assessora é uma importante iniciativa para que os convidados possam ser multiplicadores da política de internacionalização que a instituição implantou e pretende continuar seguindo. ?Queremos ainda, com isso, mostrar o empenho da universidade para conseguir novos financiamentos para enviar para fora também os alunos carentes. Trabalho é de dar condições para que todos possam fazer mobilidade estudantil?, declarou o reitor.

?O desenvolvimento de projeto de internacionalização nas universidades brasileiras, principalmente as federais, possibilita um melhor desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação e pode ser ainda uma preparação da graduação, para que os alunos cheguem a uma pós com mais qualidade?, disse a palestrante, Rossana Valéria.

Desenvolvimento da UFPI

Apostando numa maior qualidade do ensino superior, a Universidade Federal do Piauí, desde 2006, mantém uma Assessoria Internacional e já sustenta convênio com várias instituições de outros países, como Portugal, Itália, Estados Unidos, Croácia, e, recentemente, a universidade fechou dois consórcios com o programa de cooperação internacional ERASMUS, de mobilidade estudantil na Europa. Com isso, a UFPI expande fronteiras e mantém agora contato com quase dez países da comunidade européia.

?A Assessoria Internacional da UFPI começou a manter contato com alunos de fora que estão aqui para saber do que eles precisam e a divulgar os convênios firmados através de um website. O objetivo é favorecer a assinatura de novos convênios bilaterais e continuar a desenvolver a quarta missão da UFPI?, afirmou a professor Érica Fontes, assessora internacional da Universidade Federal do Piauí.

Neste semestre, vários alunos da UFPI vão para Portugal, pelo programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades, onde passarão um semestre promovendo um intercâmbio de conhecimento entre universidades portuguesas e a federal piauiense, e onde poderão se enriquecer culturalmente. É exatamente com estes propósitos que a estudante de Comunicação Social, Fernanda Dino, deixará seu país natal rumo à Europa.

?Acredito que a experiência de vivenciar, em um contexto internacional, novos conhecimentos, diferentes métodos de pesquisa e hábitos culturais, pode resultar para mim em um crescimento como estudante, pesquisadora e como pessoa?, afirma a estudante. ?Ao retornar ao Brasil, pretendo aplicar nas pesquisas das quais já participo na UFPI, linhas de pensamento já desenvolvidas na Europa e, quem sabe, fazer paralelos entre elas e as que já se praticam aqui?, conclui.

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Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social