Brasil Brasil Acesso

Notícias

Professores e residentes atuam no Mutirão do Olho Diabético

29/06/2009 09:21
A diabetes é uma doença que não se caracteriza pelo aparecimento de dores. Quando diagnosticada, todas as atenções do paciente se voltam para maiores complicações que a diabetes pode desenvolver, principalmente no referente ao coração e à circulação sanguínea nas pernas. A visita ao oculista só ocorre quando há início de perda da visão, provocada por glaucoma, catarata ou retinopatia diabética, as três complicações oculares causadas pela diabetes, que é a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo.
 
Com o objetivo de conscientizar o diabético e oferecer exames e tratamento gratuito às três doenças supracitadas, a Prefeitura de Teresina implantou, em maio de 2000, o Mutirão do Olho Diabético. Realizado sempre no último sábado do mês, o mutirão atende cerca de 500 diabéticos mensalmente e a tendência é a quantidade de pessoas aumentar, já que muitas delas retornam alguns meses depois do primeiro atendimento para acompanhamento clínico, como é o caso do aposentado José Pereira de Sousa.
 
José descobriu que é portador de diabetes há 15 anos e sempre se cuidou para não sofrer com as seqüelas da doença. O aposentado já fez a cirurgia de catarata e, atualmente, sempre comparece aos mutirões para o acompanhamento. "Hoje (sábado) eu vim e estou sendo encaminhado para fazer o tratamento com laser. Não descuido de jeito nenhum e venho sempre que eles marcam para eu vir", afirma o aposentado do INSS.
 
Às 6h da manhã de sábado (27), a Fundação Oftalmológica do Piauí, em parceria com a Universidade Federal do Piauí e convênio com a Fundação Municipal de Saúde de Teresina, abriu, pelo terceiro mês consecutivo, as portas para pessoas como José. Até fevereiro, o Mutirão do Olho Diabético era realizado no Hospital Getúlio Vargas e em março passou a ser realizado na Clínica Oftalmológica do Piauí.
 
A equipe formada por 20 médicos, 25 auxiliares se revezava para atender a todas as pessoas que eram encaminhadas para exame e tratamento. Seis professores da UFPI e 12 residentes, de primeiro a quarto ano de residência em Oftalmologia também participaram da ação. ?Além de fazer o bem social a pessoas que não tem condição de pagar esse tratamento particular, o mutirão do olho diabético também serve de aprendizado para esses residentes?, frisa o médico João Orlando, coordenador do Mutirão. Pela rede particular, o tratamento oferecido no mutirão custaria algo em torno de R$ 2,5 mil.

De acordo com o médico, 10% dos 240 mil diabéticos do Piauí precisam de tratamento a laser para evitar a cegueira. Mas, o serviço oferecido gratuitamente ainda é subaproveitado pela população de Teresina. Com capacidade para atender 1.200 pessoas por mutirão, a Fundação Oftalmológica atende, atualmente, uma média de 500 pessoas, o que resulta em apenas cerca de seis mil atendimentos por ano, valor muito aquém da quantidade de diabéticos no Piauí.

Mas, quem comparece uma vez ao mutirão para evitar a cegueira causada pela diabetes não falta mais aos retornos marcados. ?Essa é a melhor iniciativa na área da saúde do diabético aqui em Teresina. Fiquei sabendo através de outros médicos meus e não falto uma vez sequer", assegura Maria do Socorro Rodrigues, que tem catarata e realiza acompanhamento desde o ano passado.

Notícias

publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade publicidade

© 2010, Universidade Federal do Piauí - UFPI   Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga - Teresina - PI
Coordenadoria de Comunicação Social, (86)3215-5525, Fax (86)3215-5526, comunicacao@ufpi.edu.br
CEP: 64049-550 - Todos os direitos reservados.