?Televisão e usos do passado: a construção da utopia comunicacional?. Com esse tema, a Professora Dra. Marialva Barbosa da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizou a conferência de abertura do XI Congresso de Ciências da Comunicação ? Intercom Nordeste 2009. Doutores, mestres, professores e graduandos em Comunicação Social do Piauí e de outros estados compareceram ao evento. 

Marialva Barbosa demonstrou como a relação entre a televisão e a história está ligada ao nosso contexto. Em contramão à idéia de que a sociedade atual está inserida em um processo de aceleração de seu tempo, a doutora da UFF considera que presenciamos uma época de desaceleração. ?Não queremos migrar para o futuro. Queremos estender o presente. Para isso, a televisão converge o passado e o futuro para o presente?, considera.

Para exemplificar a presença do passado na televisão, Marialva Barbosa utilizou trechos das minisséries Amazônia e JK, da Rede Globo. A partir delas, demonstrou como a televisão se apropria de fotografias e outros documentos históricos para reconstruir um passado, pelo menos aparentemente, semelhante ao que foi.

Marialva Barbosa também dedicou parte da conferência a discorrer sobre história, mídia e memória, com base no pensamento do francês Paul Ricoeur. A partir do conceito de ?esquecimento de reserva?, relacionou a tentativa da mídia ? especificamente a televisão -  de reiterar imagens do passado que exerceram marcas afetivas em contextos de outrora.

Ao final da conferência, Marialva Barbosa abriu espaço para perguntas feitas pela platéia.

Solenidade de abertura

A mesa da solenidade de abertura do IX Congresso de Ciências da Comunicação ? Intercom Nordeste 2009 ? foi composta pela vice-presidente da Intercom, Nélia Del Bianco, pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Saulo Cunha Brandão, e pelas professoras Samantha Castelo Branco (UFPI), Ana Kelma Gallas (Faculdade Santo Agostinho) e Cristiane Ventura (CEUT).   

Coordenadoria de Comunicação Social