Esse é o título do livro que o Professor Eriosvaldo Lima Barbosa, do Departamento de Planejamento e Política Agrícola (DPPA) do Centro de Ciências Agrárias da UFPI, está lançando.

O livro faz uma viagem arqueológica sobre a história da vaquejada, desde as atividades de apartação do gado nas fazendas tradicionais do sertão do Norte do país, no séc. XVII, até o momento em que esta se torna uma atividade independente e muda totalmente de significado quando deixa de ser uma tarefa de trabalho pastoral para ser um espaço de festa.

O livro relata também momentos de alegria do homem do campo, quando eles se  reúnem e fazem a festa, onde a viola a garapa e a cachaça fazem parte de uma vida tão dura enfrentada pelo sertanejo. Essa prática é antiga, mas somente a partir dos anos 90, não só no Nordeste, mas no país como um todo, essa importância enquanto fenômeno urbano começou a se definir.

O Professor Eriosvaldo no seu livro relata a importância da urbanização da vaquejada, para entendermos o papel dos parques de vaquejada, que não se definem apenas quanto espaço que ritualiza ?um antigo costume popular?, mas, por se tornar possível a concretização de uma nova forma de fazer vaquejada e ?saber ser? vaqueiro. A vaquejada hoje não é  sobra do passado (sobrevivência), diz o autor, e nem pode ser vista como uma invenção atribuída com exclusividade ao presente, pois, como sabemos, dependendo de demandas específicas de cada cultura e de cada época, determinadas práticas culturais podem encontrar no passado a legitimidade de que precisam para redefinir importantes práticas no presente como é o caso do vaqueiro.

O que levou o professor a escrever esse livro foi o fato dele ser do interior; foi criado manejando gado, cavalo e, principalmente, porque foi inspiração da dissertação do seu mestrado.

O lançamento está previsto por ocasião do aniversário do CCA.

Por Graça Rocha