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Câmara Federal debate Universidade Nova

17/04/2007 18:16

A ANDIFES participou, na tarde desta terça-feira (17/04), do seminário ?Universidade Nova?. Promovido pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, o evento buscou discutir o projeto ? encabeçado por 12 Instituições Federais de Educação Superior (IFES) e em fase de discussão na Casa ?, que prevê mudanças na forma de ingresso dos estudantes na educação superior e na matriz curricular dos cursos. O debate foi proposto pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Palestrante da mesa ?Readequação dos Currículos na Universidade Nova?, o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos articuladores do projeto, Naomar Monteiro de Almeida Filho, explicou que a proposta é dividir a educação superior em três ciclos: um geral, chamado bacharelado interdisciplinar; um de formação profissional específica; e um de pós-graduação. Mesmo assim, será preciso modificar também o processo seletivo atual, uma vez que o vestibular se tornou apenas um exame de memorização e não de capacidade potencial do aluno.

Para o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, a atual estrutura curricular da educação superior é frustrante, especialmente para os estudantes universitários que têm mais de 24 anos e que já estão inseridos no mercado de trabalho. Nesse sentido, o mérito do projeto da Universidade Nova é apontar as deficiências da educação superior, especialmente quanto à rigidez nos currículos.

Já o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), Paulo Marcos Borges Rizzo, demonstrou preocupação com a flexibilização dos currículos. Segundo ele, é preciso que se tenha em mente o espaço que o Brasil pretende ocupar em relação ao ensino oferecido no resto do mundo.

Para o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, houve uma ?desresponsabilização? do Estado na regulação da educação superior, com o sucateamento das instituições públicas e a expansão desenfreada do ensino privado. Nesse sentido, defende a reforma universitária, mas um projeto diferente do PL 7200/06, que, segundo ele, não altera questões fundamentais, como o controle da compra das instituições privadas por corporações estrangeiras e a ausência de debates sobre os conteúdos curriculares.

A coordenadora de Educação da Federação do Sindicato de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASUBRA), Fátima Reis, apontou a questão do modelo de universidade mais adequada às necessidades brasileiras como a principal pergunta sobre o ensino. Para ela, independente da opção adotada, serão necessários mais investimentos.
 
O representante do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), Fernando Costa, destacou a importância da relação entre a formação profissional e a fiscalização do exercício pelas entidades de classe. Ele criticou o aumento descontrolado de escolas privadas em certas regiões do País e destacou que a discussão da reforma universitária precisa ser feita pelas próprias universidades. O representante do Conselho Federal de Medicina, Geraldo Guedes, também criticou a expansão da educação superior sem exigências de qualificação, e destacou que o bom exercício profissional está ligado à qualificação da educação superior.

Coordcom

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