A Universidade Federal do Piauí (UFPI), a convite da coordenação do curso de Magistério desenvolvido pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e movimentos sociais (MST e FETRAF) em São João do Piauí, desenvolveram, através do V Prato Cheio de Arte e Cultura, um programa de oficinas.

Coordenado pelo educador Francisco Carvalho, a equipe levou a 70 pessoas oriundas de diversas comunidades, assentamentos e acampamentos, 5 oficinas: Pintura, Gravura, Dança, Música e Teatro. Para Pâmela Basílio, uma das colaboradoras do evento, os conhecimentos adquiridos no Berro (Laboratório de Artes Cênicas da UFPI), devem ser repassados para comunidades que realmente precisam do teatro.

Os arte-educadores Vitor de Sampaio Pereira, Elynne R. Sousa Gonzaga, Zenon Camelo Deolindo, Pâmela Basílio e Anderson Mendes, formaram uma equipe interdisciplinar e passaram os dias de carnaval socializando os saberes artísticos para a emancipação dos sentidos humanos, para a educação de sujeitos mais autônomos e a construção de uma pátria livre, onde todos vivam com beleza e poesia.

?Já estivemos nos assentamentos e estamos cumprindo o compromisso que assumimos com aquelas comunidades, pois neste curso tem representantes do Piauí todo, e estou feliz por isto?, explica Vitor de Sampaio Pereira, um dos arte-educadores. Ele ainda acrescenta que, estas ações só foram possíveis porque existem professores que têm consciência da importância da extensão universitária na democratização da cultura.

Um exemplo desta consciência universitária é o da doutora Zozilena Fróz, do Departamento de Educação Artística, que ministra atualmente o curso Alfabetização Visual Para a Leitura de Imagem, no Prato Cheio de Arte e Cultura, que conseguiu recursos para custear o transporte e ajuda de custos para os arte-educadores.

João Bem