A flexibilização dos currículos no ensino superior é destaque do jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (12). A mudança faz parte das propostas da reforma universitária e já está sendo implantada em unidades recém-instaladas de universidades públicas como a Universidade de São Paulo ? USP, Universidade Federal de São Paulo ? UNIFESP e Universidade Federal do ABC Paulista ? UFABC.

Para o Ministério da Educação ? MEC, a adoção de currículos flexíveis com eixos temáticos comuns, incentivando a busca do conhecimento poderá inclusive ser motivo de incentivo financeiro. E a legislação permite tais inovações.

?A inovação será um dos fatores analisados. Os sistemas de educação precisam ser tão diversos quanto possível para que possamos aperfeiçoar o ensino?, explica o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Os exemplos no estado de São Paulo têm sido bastante diversificados. O primeiro ano de dez carreiras na USP ? Leste tem como base a chamada resolução de problemas, modelo inicialmente usado para a área de saúde. Já na UNIFESP, campus da Baixada Santista, os conteúdos programáticos foram organizados em eixos temáticos para os cursos de educação física, fisioterapia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional. A UFABC foi mais além. O aluno escolhe seu curso após três anos de estudos em um ciclo básico.

Especialistas entrevistados apontam o fim dos currículos tradicionais como tendência. ?O ensino tem que mudar, precisa tornar o estudante um buscador de conhecimento?, declara Luiz Eugênio Mello, pró-reitor de graduação da UNIFESP.