A ampliação da oferta da Universidade Federal do Piauí tem evitado o desgaste de estudar fora.

A ampliação dos cursos de pós-graduação em Teresina tem tirado de muita gente o enorme desgaste de ter que buscar em outros estados um curso de Mestrado. Desgaste é uma palavra que se encaixa bem nestes casos porque além do custo financeiro, o estudante é obrigado a ficar longe da família, a ter que fazer viagens periódicas, entre outras coisas.

A psicóloga Maria Laiana Veríssimo Sousa de Oliveira comemora muito o fato de ter sido aprovada em Mestrado em Ciência e Saúde na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e, consequentemente não ter sido obrigada a toda essa "luta" para conquistar sua pós-graduação.

"Antes de disputar uma vaga na Universidade Federal busquei informações sobre a realidade de Fortaleza (CE), em instituições públicas e particulares. Felizmente fui aprovada por aqui e não precisei ter que fazer esse sacrifício", lembrou Laiana.
Esse obstáculo relatado pela psicóloga seria uma mensalidade de cerca de R$ 1.600, gastos com hospedagem, já que na época não tinha nenhum parente ou amigo morando na capital cearense, além das passagens e da alimentação. "Pelas contas que fiz gastaria cerca de R$ 4 mil por mês até concluir o mestrado. Sem falar que ficaria longe da família pelo menos uma semana todos os meses até o final", destacou.

Na UFPI, Maria Laiana conseguiu fazer o Mestrado que desejava, sem pagar nenhuma mensalidade e não precisou ficar distante da família. O curso durou dois anos e meio. "Agora já estou buscando fazer meu doutorado. Espero muito não deixar minha cidade para isso", concluiu a mestra.

Ampliação
O Pró-Reitor de Pesquisa e Graduação da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Saulo Brandão, informou que essa ampliação dos cursos de mestrado na instituição se deu de forma paulatina. Segundo ele, um dos principais motivos foi o amplo apoio dado pela UFPI ao professores da instituição para fizesse seus doutorados em outros estados.

"Quando esses professores retornam de seus doutorados estão todos ávidos para atuarem em mestrados e temos dado todo o apoio possível para que isso aconteça", ressaltou o Pró-reitor.

Saulo Brandão lembrou ainda que esse incentivo a docentes e técnicos é uma política continua da UFPI e que, segundo ele, continuará acontecendo.
Para montar um Mestrado, no entanto, não é tão simples. O primeiro da UFPI é de 1991. Até 2004 foram montados apenas nove. Este ano a previsão é sejam instaladas mais 11 pós-graduações, sendo que nove já foram aprovadas - sete mestrados e dois doutorados, nas mais diversas áreas.
Atualmente a UFPI conta com um total de 33 programas de pós-graduação, sendo 28 em nível de mestrado, cinco doutorados e três institucionais e dois em rede.
 

• Fonte: Jornal O DIA
• Reportér: Marcelo Castro

Fonte: Jornal O Dia