Nesta semana o Programa de Pós-Graduação recebe a visita do Prof. Dr. Roberto Mendonca Faria, professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP. O Prof. Faria possui uma vasta e importante contribuição científica, composta de mais de 160 artigos publicados em revista indexadas, nas áreas de eletrônica orgânica, polímeros condutores, e propriedades elétricas e óticas de filmes finos orgânicos. Além de ter sido o orientador de um número de professores do Departamento de Física da UFPI, o Prof. Faria mantém uma ativa colaboração com membros deste departamento. O Prof. Faria apresentará um seminário no dia 23 de janeiro de 2013 (quarta-feira) às 16:00hs. Seguem o título e resumo do seminário.

Células solares orgânicas: estado da arte.

Prof. Dr. Roberto Mendonca Faria - IFSC - USP

A crescente busca por fontes alternativas de energia, que sejam nao poluentes e sustentáveis, vem incentivando pesquisas sobre o aproveitamento da energia solar. A idéia de converter diretamente a luz solar em energia elétrica através de diodos de grandes áreas surgiu nos anos 1950. Na época a tecnologia disponível era a de diodos de silício. Hoje, além das células de silício, que oferecem eficiência próxima de 30 % e de células produzidas por outros materiais semicondutores, novos materiais e sistemas nanométricos vêm sendo explorados. As células mais tradicionais, as de materiais inorgânicos, já se encontram no mercado, mas o custo de produção de energia elétrica torna proibitiva a sua utilização em grande escala. O extraordinário desenvolvimento das células fotovoltaicas orgânicas (CFO) nos últimos anos as colocam como promissórias para a geração de energia elétrica. Porém essa tecnologia ainda encontra-se em desenvolvimento, e muitos dos fenômenos relacionados aos processos de geração, recombinação e mecanismos de transporte eletrônico entre os eletrodos ainda não estão totalmente elucidados. Esse seminário tem por objetivo apresentar o estado da arte no momento das pesquisas sobre CFOs, e resultados recentes obtidos no Laboratório de Eletrônica Orgânica do Instituto de Física de São Carlos, da USP, e na rede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Eletrônica Orgânica (INEO).