ISSN 1518-7772
XX Seminário de Iniciação Científica
III Seminário em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
24 a 26 de Outubro de 2011

Destaque Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação


1° Lugar

Maria Adelaide Guimarães(bolsista do PIBITI/CNPq)
Orientador: José Roberto de Souza de Almeida Leite (BIOTEC-UFPI)
Trabalho: DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS NANOESTRUTURADOS PARA APLICAÇÃO EM DOENÇAS NEGLIGÊNCIADAS A PARTIR DA CADEIA INDUSTRIAL DO PIAUÍ.

A esquistossomose é uma trematodiose produzida por parasitas do gênero Schistosoma e mais de 207 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo, sendo um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil. O praziquantel, droga de escolha para o tratamento da esquistossomose, é eficaz somente contra as formas adultas de esquistossomo e os esquistossômulos, formas jovens do parasita, apresentam baixa susceptibilidade ao praziquantel que, portanto, não é usado como droga profilática. Com a falta de uma terapia profilática e a ocorrrência de resistência ou tolerância a esse fárcaco é premente a necessidade de novas alternativas terapêuticas, especialmente com o uso de produtos naturais. Das folhas do jaborandi (Pilocarpus microphyllus) pode-se extrair substâncias de interesse Farmacêutico como a pilocarpina (Pilo) e a epiisopiloturina (Epi), alcalóides imidazólicos. Embora a pilocarpina seja uma das principais substâncias no tratamento da xerostomia, observa-se alguns efeitos secundários como suores tremores e náuseas. Uma estratégia para suplantar essas dificuldades seria imobilizar a pilocarpina em estruturas que possam propiciar a sua liberação de forma sustentada no organismo humano. A epiisopiloturina é um alcalóide já identificado a partir do gênero Pilocarpus que possui estrutura química determinada, porém ainda está em fase de testes e ainda não possui aplicação farmacológica conhecida, podendo ser promissor para a medicina humana e veterinária. A similaridade entre as estruturas de Pilo e Epi, torna a Epi um alcalóide promissor quanto as suas propriedades biologicamente ativas. Como há relatos de muitas plantas com ação anti-helmíntica que apresentam compostos ativos com ação direta contra parasitas, além de existirem outros desconhecidos, avaliou-se a ação in vitro do alcalóide epiisopiloturina, oriundo do jaborandi (Pilocarpus microphyllus), nas formas jovens (esquistossômulos) do parasita Shistosoma mansoni. Além disso, foi avaliada a possibilidade de usar nanopartículas inorgânicas biocompatíveis na imobilização das substâncias bioativas pilocarpina e epiisopiloturina.


2° Lugar

André Lima e Silva(bolsista do PIBITI/CNPq)
Orientador: Maria Alexsandra de Sousa Rios (Depto de Química – UFPI)
Trabalho: INDÚSTRIA DE PROCESSAMENTO DO ÓLEO DE SOJA COMO FONTE DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS MOLÉCULAS.

A destacada posição do Brasil nas discussões internacionais sobre o temática ambiental é indiscutível. Os exemplos da iniciativa nacional são vários como o Pró-álcool e o PNPB (Programa Nacional e Produção e Uso de Biodiesel), além de em 1992 o país ter recebido a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, conhecida internacionalmente como Rio 92. Tal conferência foi a maior reunião de chefes de estado da história da humanidade marcada pelo lançamento da Agenda 21, um programa de ação dotado de 40 capítulos que foi a maior tentativa da humanidade em programar um novo padrão de desenvolvimento, que conciliasse proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica (KNOTHE et al, 2006). É com base neste retrospecto que o presente trabalho propôs uma solução para uma problemática industrial pontual, mas que apresenta particular importância para a indústria brasileira. Os autores avaliam a viabilidade de realizar uma transformação química de um rejeito da indústria de processamento da soja, agregando valor a um novo subproduto de aplicação tecnológica e evitando desta forma que este venha a causar impacto ambiental. A produção industrial do óleo de soja gera consigo considerável quantidade de borra ácida, um resido de classe I, hoje tendo como destino final o aterro industrial, correspondendo a 0,04% dos resíduos sólidos oriundos do processamento dos grãos desta leguminosa. Até este momento, o resíduo supracitado não possui – ou não é praticada – destinação alternativa de importância considerável sob a ótica econômica e ambiental (BRANDLI et al, 2009) A estratégia química adotada para produção da mistura de alquilfosfatos a partir da substância graxa consiste na saponificação do óleo ou da borra ácida da soja seguida de reação com um ligante de fósforo, que resulta na substituição do cátion metálico (K+, no caso do emprego do hidróxido de potássio na saponificação) do sal de ácido graxo pelo grupamento fosfato oriundo da molécula dietilclorofosfato.


3° Lugar

Edna Teles dos Santos(ICV)
Orientador: Leilane Rocha Barros Dourado(CPCE - UFPI - Bom Jesus)
Trabalho: EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE ENERGIA METABOLIZÁVEL DA GLICERINA NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE EM DIFERENTES IDADES

Com o aumento no volume de produção do biodiesel, a glicerina que era absorvida pela indústria de sabões, cosméticos e alimentos, tem se acumulado e gerado um excedente ainda não absorvido pelas indústrias, desta forma, há uma busca de novas alternativas para emprego da glicerina em outros processos industriais a fim de utilizá-la de modo específico e eficiente. A glicerina pode ser uma valiosa fonte de energia dietética na nutrição de aves, pois sua forma pura contém aproximadamente 4100 kcal/kg de energia total (Brambilla e Colina, 1966 citado por DOZIER et al., 2008). Alguns estudos estão sendo avaliados, porém, não se tem ainda a inclusão da glicerina como ingrediente nas tabelas de composição de alimentos. Hoje é possível avaliar o valor nutricional do ingrediente e predizer por meio de modelos matemáticos quais os valores que serão encontrados em idades posteriores. Geralmente esses modelos são incluídos em programas de formulação de rações comercial por diferentes métodos. A elaboração de uma equação de predição que estime a energia metabolizável da glicerina, que por si só já é um produto inovador, pode ser de inestimável contribuição para elaboração de softwares de formulação de rações e composição nutricional de ingredientes pelos animais. Objetivou-se com este trabalho determinar a energia metabolizável corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn) da glicerina para frangos de corte em diferentes fases de criação e modelo de predição do valor de EMA para frangos de cortes com a variável idade.

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