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Reitores apostam em empreendedorismo para inovar

13/04/2010 12:11

O empreendedorismo ganhou destaque no segundo painel de debates do I Encontro de Reitores Universia 2010. Segundo Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), o primeiro passo para as instituições que querem investir em inovação é conhecer a definição do termo empreendedorismo, que, na opinião dele, virou modismo no século XXI. Com a temática Inovação e Transferência do Conhecimento, o evento foi realizado na última terça-feira, 6 de abril, em São Paulo, e reuniu representantes de 24 instituições de Ensino Superior brasileiras.

"O empreendedorismo é a mola propulsora da inovação", resumiu Aquino. "Enquanto invenção está relacionada à criação de uma nova solução, a inovação refere-se a produtos novos e tecnicamente sustentáveis", comparou ele. Paulo Ignácio Fonseca de Almeida, diretor executivo da FAI-UFCar (Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade Federal de São Carlos), acrescentou que diferentemente do que muitos acreditam, a inovação não se restringe à área tecnológica. De acordo com ele, o processo precisa ser estimulado em todos os segmentos do conhecimento. "A motivação deve ser abrangente e envolver a comunidade acadêmica como um todo", defende ele.

Aquino também ressalta a importância da transformação das instituições de ensino em universidades empreendedoras. "Se antes agregar atividades empreendedoras isoladamente no processo de aprendizagem era suficiente, hoje exige-se que o conhecimento esteja agregado tanto no ensino, como na pesquisa e na extensão", diz o reitor.

Mas apesar de o empreendedorismo ter sido destacado diversas vezes durante os debates, Roberto de Alencar Lotufo, diretor executivo da Inova - agência de inovação da Unicamp (Universidade de Campinas), afirmou que o processo de inovação, no entanto, não pode ser desenvolvido isoladamente. De acordo com ele, essa cooperação é favorecida inclusive pela Lei de Inovação. "É a primeira lei que aborda a interação entre a universidade e a empresa, que prevê a existência de agentes de interface dentro do campus acadêmico", disse Lotufo. Ele acredita no potencial das patentes para a atratividade de investimentos privados.

Nesse sentido, Aquino acrescentou que sua sugestão é o modelo Hélice Tríplice. "Que envolve a participação da academia, da empresa e do governo", resumiu ele. Os elos dessas cooperações, segundo o reitor, são as empresas juniores, as incubadoras de empresas e os Parques tecnológicos.

Fonte: Universia

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