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Projeto do programa Rhae desenvolve fitofármacos com Nanotecnologia no Nordeste

13/04/2010 11:33

Projeto do Instituto de Pesquisas Aplicadas (Inpa) para a produção de fitofármacos a partir de nanotecnologia foi selecionado pelo Programa Rhae - Pesquisador na Empresa. O programa, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em parceira com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), visa à inserção de mestres e doutores nas empresas.

O estudo Inovação Biotecnológica: Elaboração de Fitofármacos com Nanotecnologia foi desenvolvido pelo inpa em parceria com os departamentos de Química Orgânica e Inorgânica e de Físico-Química (setor de Química de Biopolímeros) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (Ifce) e com apoio do setor privado, por meio da empresa Evidence Soluções Farmacêuticas.

A pesquisa busca a obtenção de géis para uso terapêutico no combate a periondontites e infecções fúngicas, além do direcionamento para o uso veterinário. Os géis mostraram-se eficazes contra diversos microorganismos, assim poderão ser empregados no controle da candidíase oral (comum em pacientes com HIV positivo), vaginose bacteriana, afta bucal, escabiose e doenças parasitárias. Os biofármacos mostraram eficácia também em cães e ratos.

O objetivo é viabilizar, no prazo de cinco anos, o desenvolvimento de novos métodos de preparação de fitofármacos encapsulados em nanopartículas para o controle e tratamento de doenças infecciosas em mucosas, assim como o desenvolvimento de cosméticos haja vista a nova descoberta da atividade anti-oxidante do óleo essencial de Lippia sidoides.

O projeto pretende ainda, capacitar recursos humanos das universidades e instituições de pesquisa; absorver doutores para atuação em projetos de pesquisa nas empresas colaboradoras; reforçar a pós-graduação e o grupo de pesquisa local que hoje desenvolve estudos com a quitosana para o controle do mosquito Aedes aegypti e o incremento de novos métodos por meio do uso de Microscopia de Força Atômica (AFM); com isso viabiliza o apoio ao desenvolvimento tecnológico, mediante a realização de projetos conjuntos com instituições científicas, tecnológicas e empresas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os fitomedicamentos movimentam cerca de US$ 20 bilhões anuais em todo o mundo. Só no Brasil são cerca de US$ 400 milhões. A taxa de crescimento desse segmento é de 15% anual, contra 4% de crescimento dos medicamentos sintéticos.

De acordo com a Toxicology and Clinical Pharmacology of Herbal Products, entre 1983 e 1997, 60% dos medicamentos para o tratamento de câncer foram desenvolvidos à base de plantas. O que também justificaria a viabilidade econômica do projeto, dada a procura por medicamentos ecologicamente responsáveis, sem a provável degradação do meio ambiente.

O coordenador do projeto, o professor Marco Antonio Botelho, afirma que após 20 anos de pesquisa os primeiros resultados clínicos atestam a eficácia dos biofármarcos por ele desenvolvidos, “agora podemos colher os primeiros frutos” diz ele. Segundo ele, “somos os precursores no desenvolvimento de fitofármarcos com nanotecnologia, para uso tanto no aspecto médico, quanto odontológico. O apoio do MCT e do CNPq, bem como a participação no Rhae para garantir o ingresso de pesquisadores na empresa para o desenvolvimento dos produtos, só foi possível por meio da disponibilidade das bolsas.”

Hoje, o projeto expandiu a parceria com as universidades federais de Alfenas (Ufal), e de Sergipe (Ufse). Até agora já foram feitos quatro pedidos de registro de patentes e publicados oito trabalhos de pesquisa em periódicos internacionais.

O programa Rhae  trabalha com modalidades de bolsas de Fomento Tecnológico, para viabilizar atividades de pesquisa tecnológica e inovação, bem como, propiciar a agregação de pessoal altamente qualificado em atividades de P&D nas empresas.

O projeto submetido ao Edital do programa deve focar o trabalho que o pesquisador e sua equipe desenvolverão na empresa. A criação ou a melhoria de um produto ou processo, aliado à possibilidade da inserção de pesquisadores em atividades de P&D dentro das empresas, sintetizam a intenção do programa.

As propostas para a segunda etapa do edital devem ser apresentadas até o próximo dia 30, com valor máximo de R$ 300 mil por proposta.

Mais informação no site do CNPq no endereço: www.cnpq.br

Fonte: MCT

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