Destaque Iniciação Científica: Ciências da Vida
1° Lugar
Herton Luiz Alves Sales Filho(bolsista do PIBIC/CNPq)
Colaborador: Pedro de Alcântara dos Santos Neto (colaborador, Departamento de Informática e Estatística - UFPI)
Colaborador: Adalberto Socorro da Silva (colaborador, Departamento de Biologia - UFPI)
Co-Orientador: Luiz Cláudio Demes da Mata Sousa (Departamento de Informática e Estatística – UFPI)
Orientador: Semíramis Jamil Hadad do Monte (Departamento de Parasitologia e Microbiologia - UFPI).
Trabalho: SOFTWARE XHLA – FERRAMENTA PARA SELEÇÃO DE RECEPTORES HIPERSENSSIBILIZADOS.
Transplante de órgãos e tecidos é uma modalidade terapêutica universal na prática médica. Contudo,
a tarefa de encontrar um rim compatível tem se mostrado difícil sobretudo para receptores que tem
anticorpos pré-formados contra os antígenos HLA não-próprios encontrados no restante da população.
Tais receptores, denominados hipersensibilizados, acabam esperando um tempo maior que os demais
receptores na maioria dos programas de transplante de órgãos e tecidos (CLAAS ET AL., 2004). Uma
das estratégias para solucionar tal problema, é a identificação dos antígenos HLA não-próprios para
os quais um receptor não apresenta anticorpo pré-formados, tais moléculas são consideradas incompatibilidades
aceitáveis para o transplate (do inglês “ Acceptable Mismatches”). A identificação dos Mismatches aceitáveis
foi otimizada com a utilização do algoritmo HLAMatchmaker desenvolvido por René Duquesnoy, que descreve os
epítopos funcionais (eplets) das moléculas do sistema HLA (DOXIADIS; DUSQUENOY, 2005). A utilização de tal
algoritmo diminui o tempo de espera em lista e aumenta o tempo de sobrevida do enxerto em receptores
hipersensibilizados (CLAAS ET AL., 2004). Contudo a análise com o algoritmo HLAMatchmaker possui uma
série de etapas itermediárias manuais que tornam o processo lento, caro e difícil de aplicar na rotina
clínica do transplante. Para solucionar tal limitação, o nosso grupo desenvolveu o software xHLA: uma
ferramenta que automatiza a análise com o algoritmo HLAMtachmaker. O objetivo do presente estudo foi
realizar a validação estatística do software xHLA para que o mesmo possa ser utilizado na rotina diagnóstica
dos laboratórios de histocompatibilidade.
2° Lugar
Pedro Eduardo Bitencourt Gomes(bolsista do PIBIC/CNPq)
Orientador: João Batista Lopes (Orientador, Depto de Zootecnia – UFPI)
Trabalho: Níveis de Fósforo para frangos de corte submetidos a diferentes condições de
temperatura: Enzima fitase no período de 1 a 21 e de 1 a 41dias de idade
As dietas de aves são constituídas, basicamente, de grãos de cereais e de produtos ou
subprodutos de sementes oleaginosas, tendo o fósforo destes ingredientes baixa disponibilidade, em
função de se encontrar na forma de ácido fítico e segundo Kornegay (2001), o fósforo disponível fica
em torno de 28%. A liberação do fósforo do fitato ocorre pela ação da enzima fitase, que
normalmente, em frangos se encontra em nível insuficiente para desempenhar essa função, tendo
como conseqüência, a necessidade de suplementação com fontes inorgânicas de fósforo. Assim,
objetivou-se avaliar o efeito de níveis de enzima fitase em dietas de frango de corte, no período de 1
a 21 dias e de 1 a 41dias, sobre o desempenho, rendimento da carcaça e dos principais cortes.
3° Lugar
Kellen Matuzzy Silva (bolsista do ICV/ UFPI)
Colaborador: José Wilson Costa Azevedo Júnior(UFPI)
Orientador: Maria do Socorro Pires e Cruz (Orientador, DMV/ CCA/ UFPI)
Trabalho: IMUNOPATOGENICIDADE IN VIVO E IN VITRO DE CEPAS DE Leishmania chagasi
A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) é uma zoonose que acomete cerca de dois bilhões de pessoas em todo o mundo,
com 1,5 a 2 milhões de novos casos a cada ano (ALMEIDA et al. 2009). No Brasil, 92% dos casos são encontrados na
região nordeste, que segundo Sousa et al. (2009) tem alta letalidade em indivíduos não tratados ou tratados tardiamente,
em indivíduos imunodeprimidos, principalmente crianças desnutridas, indivíduos acometidos com a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS), onde esta aparece como uma infecção oportunista.
A Leishmania infantum chagasi, principal agente etiológico da leishmaniose visceral (LV) no Brasil, é transmitida através da
picada de fêmeas do inseto vetor Lutzomyia longipalpis. As fêmeas que realizam o hematofagismo ingerem células contendo a forma
amastigota do protozoário, que posteriormente se transforma em promastigota no trato digestivo do inseto caracterizado como a
forma infectante, que, ao ser realizado um novo repasto sanguíneo este parasita, é inoculado no hospedeiro vertebrado susceptível
(IKEDA-GARCIA et al., 2007).
A LV tem o cão como principal reservatório, apresentando sinais clínicos que variam desde animais sintomáticos com alta parasitemia,
até animais oligossintomáticos que aparentam poucos sintomas. A doença humana pode apresentar diferentes apresentações clínicas (TRONCARELLI et al. 2009).
Devido a este polimorfismo de apresentações clínicas da doença e à complexa interação parasito-hospedeiro este estudo teve por
objetivo estudar as características de crescimento e patogenicidade de diferentes cepas de L. infantum chagasi, que induzem distintos
padrões de doença clínica em humanos.